MPF/ES ajuíza cinco denúncias contra 15 membros da Telexfree por lavagem de dinheiro

Crimes consistiram na colocação de veículos em nome de terceiros, na utilização de empresa para movimentar dinheiro e fazer pagamentos da Telexfree e na aquisição da Voxbras com recursos da atividade criminosa

O Ministério Público Federal no Espírito Santo (MPF/ES) ajuizou cinco denúncias por lavagem de dinheiro contra membros da Telexfree. Entre os acusados estão os sócios-administradores da empresa, Carlos Roberto Costa e Carlos Nataniel Wanzeler, além de divulgadores e familiares dos empresários. Ao todo, 15 pessoas foram denunciadas.

Em resumo, os crimes aconteceram, em sua maioria, após a suspensão judicial dos cadastros de brasileiros na rede de divulgadores da Telexfree no país. A suspensão foi determinada pela Justiça do Acre em junho de 2013, que também bloqueou aproximadamente R$ 600 milhões das contas bancárias da Ympactus Comercial.

Os crimes de lavagem de dinheiro foram realizados de três formas. A primeira delas consistiu na compra de quatro veículos – uma BMW, um Toyota Corolla, uma Hilux e um Toyota Prius – por parte dos sócios e na colocação desses carros em nome de terceiros.

Além disso, descumprindo a decisão judicial de suspensão das atividades no país, os denunciados permitiram o ingresso de residentes no Brasil por meio de cadastro feito diretamente na Telexfree internacional e providenciaram meios paralelos de movimentar valores e manter as atividades ilegais da empresa. O dinheiro movimentado com a compra de créditos/dólares no sistema da Telexfree era utilizado para pagamentos de diversas despesas da empresa, inclusive do salário de funcionários.

De acordo com as investigações, também houve lavagem de dinheiro na aquisição da empresa Simternet Tecnologia da Informação, cujo nome fantasia é Voxbras. O dinheiro para a compra da Voxbras foi proveniente da atividade desenvolvida pela Telexfree, bem como ela foi utilizada para transferências monetárias entre os sócios, logo quando souberam do bloqueio das contas bancárias determinado pela Justiça do Acre, sendo forjado, inclusive, um contrato ideologicamente falso entre os denunciados para justificar os repasses.

Foram denunciados:

  1. Carlos Nataniel Wanzeler

  2. Carlos Roberto Costa

  3. Katia Helia Wanzeler, esposa de Carlos Wanzeler

  4. Jozélia Miriam Sangali, esposa de Carlos Costa

  5. Danny Fabricio Cabral Gomes

  6. Febe Wanzeler de Almeida e Souza, irmã de Carlos Wanzeler

  7. Marisa Machado Wanzeler Salgado, irmã de Carlos Wanzeler

  8. Roberta Rosa de Jesus

  9. Draico Vaz de Oliveira

  10. Alex Gomes

  11. Diorgeney William de Assis

  12. Lelio Celso Ramires Farias

  13. Rhalff Junio de Almeida Coutinho

  14. Leide Januaria de Araújo

  15. Elizabeth Cerqueira Costa Alves, irmã de Carlos Costa

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